"O QUE NA VERDADE SOMOS?”
No dia 29 de abril, o prof. Mário Pérez mostrou mais um de
seus talentos ao ministrar, em nossa escola, uma rica palestra sobre o tema “O
QUE NA VERDADE SOMOS?” para os alunos de pós-graduação do curso de Docência da
UNICID – Universidade Cidade de São Paulo, que foram convidados pela nossa
bibliotecária Rosa Cleide Marques, carinhosamente chamada de Rosinha.
O vídeo da palestra "O preço da vergonha" de Monica Lewinsky feita no TED (Technology,
Entertainment and Design), mostrando a “desumanização” a que foi submetida em
sua juventude, por meio da Internet (após a revelação de seu envolvimento num
escândalo sexual com o presidente Bill Clinton dos EUA, quando era estagiária
na Casa Branca), serviu de introdução à palestra que teve a “humanização” como
foco central.
O prof. Mário fez os participantes refletirem gradativamente
sobre como a revolução da comunicação com a Internet, em simbiose com os gadgets (dispositivos eletrônicos
portáteis como smartphones, tablets, etc),
impactam na definição de “o que somos”, no mundo de hoje.
Com diversas imagens selecionadas da própria Internet, seja
bem-humorada, como a charge que satiriza a clássica ilustração da evolução do
homem (que vai crescendo do primata ao Homo erectus) complementando, ao final
da sequência, o homem “decrescendo” numa posição em que está sentado, com olheiras, e digitando freneticamente em seu celular; ou imagens sensíveis e tocantes, como a de um soldado empunhando um
rifle e sentado ao lado de uma garota descalça, cujo sorriso no rosto sugere
que está sendo acolhida pelo militar com uma conversa afetuosa em meio aos
horrores da guerra, o prof. Mário foi habilmente discorrendo sobre as valiosas qualidades
humanas, como compaixão e alteridade, dentre outras, que vão se perdendo em
meio à viciante relação que as pessoas, desde a tenra idade, mantêm com os meios
eletrônicos e redes sociais.
A palestra alertou sobre o perigo da crescente
dessensibilização do homem a que está sendo conduzido, não tanto pelas
ferramentas digitais em si, mas pelo seu mau uso, como o cyberbullying a que foi submetida Monica Lewinsky, com
consequências, inúmeras vezes trágicas para aqueles que, diferentemente a ela,
não conseguiram superar a agressão social sofrida pela web.
Sim, é paradoxal, mas “humanizar” o ser humano é preciso. A
utilidade dos avanços tecnológicos é inegável, mas não pode prescindir das
emoções nas relações humanas. E nada melhor do que encerrar a palestra com
abraços “não virtuais”, bem verdadeiros, entre os presentes, colocando em prática
o que o prof. Mário propôs em sua explanação final sobre a “Teoria do abraço”:
que esse ato tão simples, mas importante por romper barreiras – o abraço –, deve
ser praticado cada vez mais, para deixar cada vez menos frio o ser humano
tecnológico e digital desse novo século.
Por Claudio Yamasaki
Diretor de Comunicação
Colégio Marupiara
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