Núcleo do Marupiara promove interferência artística em prol da defesa da mulher
Interferência artística do SOL buscou sensibilizar estudantes quanto à agressão e abuso de mulheres no Brasil
O SOL (Núcleo Sem Oposição à Liberdade) do Marupiara realizou na última quarta-feira, 16/10, uma interferência artística com o objetivo de sensibilizar os estudantes quanto ao alto índice de agressão e abuso de mulheres em nosso país.
Sem saber o que ocorreria neste dia, os estudantes ouviram o alarme de incêndio tocar, a cada 30 minutos, em parte do período da manhã. A cada toque do alarme, uma das estudantes integrantes do SOL "desaparecia" de sua sala de aula.
Por volta das 11h todas as demais estudantes, do 8° ano do Ensino Fundamental ao 3° ano do Ensino Médio, também deixaram as salas de aula para se prepararem para a interferência final, onde todas as estudantes se apresentaram lançadas ao chão do pátio, sujas de um líquido vermelho, simulando sangue e ferimentos. Ao meio, havia uma integrante do SOL em pé e vendada, única estudante sem os "ferimentos". Conforme tentava movimentar-se, notava que pisava em algo, que na realidade eram as demais estudantes ao chão. Ao retirar as vendas, e entregá-las a alguns dos meninos, mostrou-se assutada com a quantidade de mulheres machucadas à sua volta, e "desmaiou".
Em seguida, as demais estudantes que estavam ao chão se levantaram ao toque de um tambor, e caíram nos três toques subsequentes, conforme eram ditas as frases: “A média de idade das meninas estupradas é de 13 anos...” (estudantes do 8° e 9° ano caíram no chão), "A cada 30 minutos uma mulher é agredida..." (estudantes do 1° ano caíram ao chão) e “O Brasil é o 5° país que mais mata mulheres no mundo..." (estudantes do 2° e 3° ano e professoras convidadas caíram ao chão). Ao final das frases, a interferência foi encerrada com a saída de todas as mulheres em silêncio do pátio.
Foi marcante perceber o olhar reflexivo de cada estudante que assistiu esta interferência...
E você, sabia que no Brasil a cada 30 minutos uma mulher é agredida?
Por Giullia Marangon (8°A)
Para o Marupiara. Net
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